ELEIÇÕES NA OABGO: Advogadas lotam happy hour promovido por Pedro Paulo

Cerca de 300 pessoas, a maioria advogadas, compareceram na noite de ontem (17) a happy hour promovido pelo pré-candidato à Presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de Goiás (OABGO), advogado Pedro Paulo de Medeiros no Espaço Nova Ordem, no Setor Oeste, Goiânia. Na ocasião, ele apresentou os projetos que elaborou especificamente para implementar em favor das mulheres advogadas, caso seja eleito no pleito deste ano.

O pré-candidato se comprometeu a incentivar e participação das advogadas na política classista, a fortalecer a Comissão da Mulher Advogada, reservando-lhe, anualmente, uma dotação orçamentária que permita ações de valorização feminina; a atuar junto ao Executivo Estadual para recriação da Secretaria de Políticas para Mulheres de Goiás e, ainda, a fazer parcerias entre a OABGO e o poder público para conectar advogadas às mulheres em condições de vulnerabilidade.
Outra meta de Pedro Paulo se refere à violência contra a mulher. Em parceria com os órgãos públicos, ele pretende criar um grupo de advogadas voluntárias para desenvolvimento de ações de enfrentamento a diferentes formas de violência contra a mulher, desenvolver campanhas que denunciem as várias formas de assédio físico e moral a que as advogadas estão submetidas, bem como buscar a punição rigorosa dos casos em questão.

Condições de trabalho
O pré-candidato também elaborou metas referentes à advogada no exercício da profissão. Para ele, é fundamental que a OABGO se engaje na luta pela equidade salarial entre advogadas e advogados e que se estabeleça parcerias com os órgãos públicos para melhorar as condições de trabalho das mulheres nas delegacias e nos presídios.
Pedro Paulo também se comprometeu a cobrar, dos órgãos do Poder Judiciário, espaços para atendimento da mulher lactante e a firmar convênios com creches onde as advogadas possam deixar seus filhos enquanto exercem suas atividades profissionais. Ele também garantiu que criará a Conferência Regional da Mulher Advogada e reiterou que sua chapa já cumprirá, neste ano, a cota mínima de 30% de mulheres nos cargos de direção da Ordem.
Também está nos planos de Pedro Paulo de Medeiros assegurar maior participação de palestrantes mulheres nos eventos da Escola Superior de Advocacia (ESA), encaminhar proposta ao pleno do Conselho Federal da OAB (CFOAB) para que o nome da instituição seja alterado para “Ordem da Advocacia Brasileira” e, ainda, criar e implementar o selo “Mais Mulheres na OAB”, que passará a ser outorgado às chapas que, nas eleições das seccionais, tiverem, em sua composição, no mínimo duas mulheres na Diretoria e duas mulheres no Conselho Federal.
A carta programa de Pedro Paulo de Medeiros para as mulheres advogadas foi muito bem recebida pelas participantes do happy hour, que contou com as presenças de lideranças da capital e de muitas subseções, com nomes como Manoela Gonçalves, Maria Madalena Melo Martins Carvelo, Terezinha Eterna Dutra, Cristhiane Moya, Gláucia Maria Teodoro Reis, Lucélia Sampaio, Eliane Ferreira Pedroza de Araújo Rocha, Nara Bueno Lopes, Maria da Graça Teixeira Marques, Scheilla de Almeida Mortoza, Marlene Moreira Farinha Lemos e Marta Faustino.
A advogada Carla Zannini agradeceu o empenho do pré-candidato na elaboração das metas. “Por te conhecer, Pedro Paulo, tenho absoluta convicção que seu compromisso será cumprido, não ficará só no papel, como no caso da atual gestão, a qual nós – mulheres – ajudamos a eleger para, em seguida, sermos grosseiramente ignoradas”.

Desabafos
A indignação de Zannini foi compartilhada pela conselheira seccional Viviany Souza Fernandes que relatou sua experiência com a atual gestão às demais: “Eu batalhei pesado para eleger a atual gestão, mas, uma vez conselheira seccional, ousei votar contra a vontade da diretoria de ceder o CEL à Casag. Fui voto vencido e isso é normal porque estamos numa democracia. O que não é normal é eu ter sido, no dia seguinte, destituída sumariamente de uma comissão que presidia, apenas porque votei divergente. E destituída via motoboy. Aí é despotismo, prática que tem sido muito comum na OABGO, principalmente com as mulheres”, desabafou.
A secretaria-geral da Casag, Ana Lúcia Amorim Boaventura e a conselheira federal Marlene Lemos referendaram as palavras de Viviany: “É inacreditável a humilhação e o desprezo com que nós, mulheres, somos tratadas pela gestão da OABGO. Não podemos compactuar com isso. Somos maioria, temos de mostrar nossa força”, bradou Marlene.
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Alan Ribeiro
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