Sabatinas do JA massacram Zé Eliton, espremem Daniel e só Caiado se sai bem

Sabatinas do JA: Luciano Cabral, Lilian Lynch, Jackson Abrão e Matheus Ribeiro massacram Zé Eliton (nervoso), espremem Daniel Vilela (quase nervoso) e são dominados por Caiado (tranquilo)

Este blog assistiu  às sabatinas que o Jornal Anhanguera 1º Edição realizou com os candidatos a governador Ronaldo Caiado, Daniel Vilela e Zé Eliton, com direito a 20 minutos cada um, nestas quarta, quinta e sexta.

 

As entrevistas foram muito melhores do que qualquer debate até agora, especialmente pela educada agressividade das perguntas dos quatro apresentadores. Eles levantaram temas incômodos aos três candidatos e tentaram evitar ao máximo que eles utilizassem o espaço para fazer proselitismo eleitoral vazio. Os vídeos completos estão no site do JA.

O primeiro foi Caiado. E também o que se saiu melhor. O democrata conseguiu dominar os entrevistadores, manteve absoluta tranquilidade e chegou até a fazer ironias, como ao sugerir a Luciano Cabral que pesquisasse melhor sobre o tema do trabalho escravo. Respondeu com maestria a uma pergunta sobre o foco da sua vida pública na defesa do agronegócio lembrando que é médico há 43 anos e tem sensibilidade para cuidar das pessoas. Falou pausadamente e com absoluta calma durante todo o tempo.

O segundo foi Daniel Vilela. A ele foram feitas perguntas constrangedoras, como a ligação com o presidente Michel Temer, a proposta de trazer de volta programas paternalistas como o do pão e leite, os gastos com carros e aviões por conta da sua verba indenizatória, inclusive em períodos em que estava afastado do mandato, e a forte divisão interna do seu partido, o MDB. Deu para perceber que Daniel suou, beirou um ataque de nervos, mas manteve o aplomb e passou impressão de controle e segurança, apesar da voz muito alta, cacoete que vem exibindo em suas aparições públicas.

O último foi Zé Eliton. E ele deu azar. A primeira pergunta, de Matheus Ribeiro, foi muito belicosa: Zé vive repetindo que o povo não quer retrocesso, mas é o candidato com maior rejeição, o que significaria que o eleitor vê exatamente a ele como o verdadeiro retrocesso? Pronto. Nervoso a partir daí, Zé perdeu em alguns momentos o fio da meada e acabou dando explicações confusas, falando com rapidez, não conseguindo esclarecer, por exemplo, o caso da rodovia em construção que passa pela sua fazenda. Irritado, ele questionou também a veracidade das pesquisas e disse que a sua campanha tem levantamentos mostrando que a sua situação é confortável. Foi interrompido seguidas vezes, quando desfiava o relatório das obras e programas dos últimos 20 anos. A sabatina mais se assemelhou a um massacre.

Fonte: Blog do José Luiz Bitencourt

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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