
A campanha do governador Zé Eliton está distribuindo farto material “jornalístico” para tentar vender a ideia de que ainda pode haver mudanças drásticas nas pesquisas e que reviravoltas sempre aconteceram nas eleições em Goiás.
Não é verdade. A história mostra que há quase que uma regra: quem sai na frente, termina na frente. E que, quando acontecem viradas, elas têm sempre uma motivação que pode ser identificada com facilidade. Um exemplo é a vitória de Marconi Perillo em 1998, que saiu bem atrás de Iris Rezende, mas havia uma fadiga com os 16 anos de governos do PMDB e ele conseguiu inverter as expectativas e ganhar. Outro exemplo é Alcides Rodrigues, em 2006, que começou bem atrás de Maguito Vilela, mas puxado por um Marconi que havia acabado de deixar o governo com 82% de aprovação, também logrou passar à frente e triunfar.
O que o leitor precisa saber é o seguinte: as pesquisas refletem a realidade que está posta na sociedade e, por esse ângulo, não são neutras, ou seja, não apontam números abstratos e sim aqueles enraizados no eleitorado. Elas só se modificam se houver um contexto capaz de justificar a movimentação dos índices, como houve em 1998 e em 2006. Na eleição deste ano, não há nada parecido, inexistem fatores que possam indicar qualquer alteração, qualquer guinada beneficiando Zé Eliton ou menos ainda Daniel Vilela. Os dois, também, não exibem competências capazes de forçar uma virada. Por isso, Ronaldo Caiado é a aposta certa.