
Depois de idas e vindas sobre a possibilidade de soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso na Carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril.
O presidente do TRF-4, Thompson Flores, decidiu manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso. Neste domingo (8/7), ele foi para a sede do tribunal, em Porto Alegre, após o embate jurídico causado pela liminar concedida pelo desembargador plantonista Rogério Favreto, a favor do petista, alegando que havia um fato novo que justificava a medida: a pré-candidatura de Lula à Presidência da República.
“Determino o retorno dos autos ao gabinete do Des. Federal João Pedro Gebran Neto, bem como a manutenção da decisão por ele”, escreveu. Gebran é o relator do caso do ex-presidente Lula no âmbito da Lava Jato e no caso do triplex, pelo qual o petista foi condenado.
Durante todo o dia o que se viu foi um vai e vem de decisões a favor e contra a soltura do ex-presidente.
Primeiro, Favreto acatou pediu de habeas corpus impetrado pelos deputados federais Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, do PT, e determinou a soltura imediata de Lula.
O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, contestou a decisão, embora não pudesse suspendê-la, por uma questão de hierarquia.
Em seguida, Gebran Neto revogou a liminar que concedeu a liberdade ao petista. Porém, Favreto desafiou o colega do TRF-4, reafirmou a sua decisão e determinou o cumprimento em até uma hora. Até o momento, entretanto, a Polícia Federal não soltou Lula.
Após guerra de decisões, presidente do TRF-4 mantém Lula preso
Durante todo o domingo, o que se viu foi uma guerra de despachos a favor e contra a liberdade do petista
O presidente do TRF-4, Thompson Flores, decidiu manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso. Neste domingo (8/7), ele foi para a sede do tribunal, em Porto Alegre, após o embate jurídico causado pela liminar concedida pelo desembargador plantonista Rogério Favreto, a favor do petista, alegando que havia um fato novo que justificava a medida: a pré-candidatura de Lula à Presidência da República.
“Determino o retorno dos autos ao gabinete do Des. Federal João Pedro Gebran Neto, bem como a manutenção da decisão por ele”, escreveu. Gebran é o relator do caso do ex-presidente Lula no âmbito da Lava Jato e no caso do triplex, pelo qual o petista foi condenado.
Durante todo o dia o que se viu foi um vai e vem de decisões a favor e contra a soltura do ex-presidente. Primeiro, Favreto acatou pediu de habeas corpus impetrado pelos deputados federais Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, do PT, e determinou a soltura imediata de Lula.
O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, contestou a decisão, embora não pudesse suspendê-la, por uma questão de hierarquia.
Em seguida, Gebran Neto revogou a liminar que concedeu a liberdade ao petista. Porém, Favreto desafiou o colega do TRF-4, reafirmou a sua decisão e determinou o cumprimento em até uma hora. Até o momento, entretanto, a Polícia Federal não soltou Lula.
Filiado ao PT
O desembargador Rogério Favreto foi filiado ao PT por quase 20 anos. Ao que tudo indica, os três parlamentares autores do habeas corpus aguardaram o plantão do magistrado para entrarem com o HC.
Favreto foi nomeado ao TRF-4 por Dilma Roussef. O desembargador é um dos mais críticos contra a Lava Jato. Ele foi o único a votar, em 2017, pela abertura de um processo disciplinar contra o juiz federal Sérgio Moro, alegando “índole política”.
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso afirmou que a decisão ordenando a soltura de Lula é “teratológica”, ou seja, absurda juridicamente. Para o ex-ministro, foi correta a revogação do habeas corpus concedido pelo desembargador Rogério Favreto, então derrubado pelo colega e relator da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), João Pedro Gebran Neto.
“A decisão é teratológica, portanto fez muito bem o juiz Sérgio Moro de fazer as ponderações, não é possível que a cada momento se tomem decisões que contrariem e afrontem a lei”, afirmou o ex-ministro, que deixou o STF em 2006.
Velloso destacou que foi o próprio TRF-4 quem autorizou Moro a decretar a prisão de Lula, em abril, quando o petista passou a cumprir pena na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba. “Foi impetrado um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que denegou. Também ao Supremo Tribunal Federal (STF), que denegou”, recorda o ex-ministro, para quem a decisão de soltura desrespeita as instâncias superiores da justiça.
Com informações do Canal Globo News e Portal Metrópoles