
Durante o fim de semana, o litro da gasolina passou de R$ 1,9671 para R$ 2,0113 nas refinarias. Em um mês, a alta acumulada é de 11,29%. Não bastasse, por conta do período de escassez, inúmeros postos no país puxaram bastante para cima o preço do combustível — com dezenas de autuações pelos Procons regionais. Alguns chegaram a cobrar mais de R$ 6 pelo litro. Já antevendo pressões do governo, executivos da Petrobras, que não é mais presidida por Pedro Parente desde a sexta-feira, já sinalizaram que esta política de reajustes diários pode mudar também para a gasolina. A condição é de que o lastro do preço internacional não seja abandonado. (Valor)
Pois é: especialistas ouvidos por repórteres do Valor afirmam que é possível diminuir o impacto da flutuação dos preços de dólar e petróleo no custo final do combustível. Só não é simples. Uma política de amortização pode dirimir variações abruptas do preço final, mas não reduz o valor absoluto. Depois, seria necessário mudar como tributos são cobrados. Um valor fixo por litro, por exemplo, ao invés de um percentual. É uma forma de subsídio, mas os estados, atolados em suas dificuldades econômicas, resistem. Mas há vantagens numa política assim. Principalmente porque suaviza os repasses por toda a cadeia da economia. Mudanças bruscas de um dia para o outro não chegam tão rápido ao valor dos produtos transportados e podem ser corrigidos com novas quedas do mercado internacional. Há outra alternativa, claro. Haver concorrência ajudaria, também, na queda de preços. Mas não parece ser uma alternativa na mesa.
Informações Meio Clipping.