Policiais federais embarcam na política e sonham com ‘bancada da Lava Jato’

Expectativas rondam ‘Japonês’ e ‘Hipster’.

A popularidade da Lava Jato tem sido 1 estímulo para policiais federais ingressarem na política. A cerca de 5 meses do 1º turno, 33 agentes da Polícia Federal já confirmaram suas pré-candidaturas. 21 tentarão se eleger pela 1ª vez e 7 buscarão mudar de cargo. Outros 5 tentarão a reeleição.

Em outubro serão realizadas as primeiras eleições gerais desde a deflagração da 7ª fase da Operação Lava Jato, em novembro de 2014. Foi quando foram presos executivos das maiores empreiteiras do Brasil e ex-diretores da Petrobras, o que tornou público o maior escândalo de corrupção do país.

Os agentes pré-candidatos disputarão, a princípio, cargos no Legislativo. Serão candidaturas a deputados federais e estaduais e ao Senado.

Levantamento identificou pré-candidatos da corporação em 17 partidos. O PSL (Partido Social Liberal), do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (RJ), é o que tem o maior número de policiais federais filiados: 7 no total.

A seguir, leia como as candidaturas estão distribuídas:

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Organizações de classe apoiam a candidatura dos agentes. A ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) e a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) têm orientado os pré-candidatos.

Em abril, a ADPF reuniu 13 delegados num workshop em Brasília. Eles assistiram palestras sobre direito eleitoral e profissionais de comunicação.

Segundo o presidente da ADPF, Edvandir Felix de Paiva, o objetivo é eleger “alternativas viáveis” para a mudança do quadro político atual.

“O que se vê hoje é um cenário político maculado por crimes de corrupção. O que desejamos é que sejam apresentadas alternativas viáveis, candidatos que possam contribuir para a mudança do quadro político atual”, disse.

O projeto mais audacioso é a criação, nem que seja informal, da “bancada da Lava Jato” no Congresso Nacional. Se os planos se confirmarem, serão 24 deputados federais representando 16 Estados.

CELEBRIDADES

A expectativa gira em torno de agentes que ganharam destaque durante as operações da corporação. Nilton Ishii, o Japonês da Federal, filiou-se ao Patriota e hoje preside o diretório regional do Paraná. O nome dele tem sido cogitado para uma eventual disputa ao Congresso Nacional.

O policial federal aposentado Nilton Ishii Divulgação/Fenapef – 17.fev.2016

Além do Japonês, há também a possibilidade de candidatura do “Hipster da Federal”. O agente Lucas Valença ficou conhecido em outubro de 2016 quando participou da operação que levou à prisão o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ). Ainda sem confirmação de partido, ele poderá concorrer no Distrito Federal.

Lucas Valença (de camisa preta e coque no cabelo) durante prisão de Eduardo Cunha

Fonte: Poder360°

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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