Preso: ex-presidente Lula se entrega à Polícia Federal

O destino de Lula, agora, é mantido em sigilo por questões de segurança. Há um jatinho da PF à espera dele no Aeroporto de Congonhas (SP).
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Para conseguir ir ao encontro dos agentes federais, ele caminhou por dentro do pátio do sindicato e foi a pé até um veículo da Polícia Federal, estacionado na lateral do prédio, cumprindo o acordo com a corporação de que iria se apresentar espontaneamente. O destino de Lula é a Superintendência da Polícia Federal, onde será submetido a exame de corpo de delito – procedimento obrigatório antes da detenção. Não se sabe se ele pernoita no local ou se, após o exame, seguirá para o aeroporto de Congonhas, onde um jatinho da PF passou o dia de prontidão para levá-lo à Curitiba (PR), onde cumprirá a pena.

O ex-presidente foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de cadeia, por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá (SP). Quando, enfim, o carro da PF conseguiu partir da rua da entidade sindical, deixou para trás, além da confusão, uma multidão de simpatizantes do líder petista em prantos.

O impasse sobre a entrega de Lula durou toda a tarde. Centenas de militantes deram os braços e formaram um cordão humano com o intuito de impedir que o ex-presidente saísse do edifício. Por volta das 17h50, a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, subiu ao carro de som em frente ao sindicato, em São Bernardo do Campo (SP), para informar a militância as consequências caso Lula não se entregasse. Ele seria responsabilizado e poderia ter a prisão preventiva decretada.

Ao falar em público pela primeira vez após mais de 40 horas entrincheirado no sindicato, o petista fugiu do tradicional vermelho e escolheu uma camiseta azul-marinho e calça jeans. Ao lado de lideranças do Partido dos Trabalhadores, como a ex-presidente Dilma Rousseff, o líder esquerdista fez questão de relembrar o legado educacional dos seus oito anos de governo. “Eu tenho o profundo orgulho de ser o primeiro presidente da República sem diploma universitário, mas fui o presidente que mais construí universidades”.

Alternando brincadeiras e falas carregadas de raiva, Lula chegou a propor um desafio a Moro e, embora discordasse da prisão, disse não estar “acima da Justiça”. “Queria fazer um debate com o Moro sobre a denúncia, para que ele me mostrasse as provas”. Ele garantiu, ainda, que não vai resistir à ordem de prisão: “Eu vou cumprir o mandado”.

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

Alan inicia seus trabalhos com o único objetivo, trazer a todos informação de qualidade, com opinião de pessoas da mais alta competência em suas áreas de atuação.

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