O trânsito parou no início da noite desta terça-feira (3) na região central da capital. As avenidas Mutirão, 85, T-10, 136  e a rua 90 foram afetadas e apresentam congestionamento desde as 18h. A lentidão ocorre a partir da sede da Polícia Federal, no Setor Bela Vista, onde é realizado o protesto organizado pelo Movimento Vem Pra Rua, a favor da prisão do ex-presidente Lula e contra a corrupção.

A Polícia Militar (PM) estima que ao menos mil pessoas estejam reunidas no local, mas assegura que a manifestação ocorre sem maiores distúrbios. A Rua Coronel Eugênio Jardim está fechada nas proximidades.

Os organizadores pretendem simular o julgamento do habeas corpus, que acontece no Supremo Tribunal Federal nesta quarta (4). Em uma “jaula” com um boneco em roupas listradas, o Movimento Brasil Livre disse que “Goiânia faz ovoterapia”. Uma faixa na porta da Polícia Federal incita os participantes a atirarem ovos, e o locutor pede que “mirem bem”IMG-20180403-WA0094

Pelo país

A Avenida Paulista também está fechada para o trânsito da altura da Alameda Campinas até a Ministro Rocha Azevedo Alves. Manifestantes começam a se reunir próximo ao caminhão do Vem Pra Rua, na altura da Rua Pamplona e em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Também há um caminhão do Movimento Brasil Livre (MBL) em frente ao Masp. Há faixas em apoio à Operação Lava Jato e pedindo a prisão de Lula.

O partido Novo convocou seus filiados para participarem dos atos desta terça-feira. O presidenciável da sigla, João Amoedo, estará na manifestação no Rio. Os atores Victor Fasano, Luana Piovani e Carlos Vereza também participam do ato em Copacabana, organizado pelo movimento Vem Pra Rua. “Estamos fazendo o nosso papel de pressionar o Supremo”, afirmou uma das organizadoras do evento, Adriana Baltazar, na Avenida Atlântica.

O líder do movimento Endireita Brasil, Ricardo Salles, afirmou que o protesto desta terça-feira serve para dar um recado ao Supremo Tribunal Federal. “Ninguém aguenta mais a impunidade no Brasil. Não pode ser um julgamento casuísta como esse do Lula para destruir toda a construção contra a impunidade”, disse.

Salles, que é ex-secretário do Meio Ambiente do governo Geraldo Alckmin em São Paulo e filiado ao Partido Novo, destacou que, se Lula conseguir o habeas corpus no STF, os movimentos voltarão a protestar nas ruas.

Na Avenida Paulista, o movimento usa um caminhão com um pedalinho e um boneco representando Lula vestido de presidiário, além de ter um integrante fantasiado de presidiário e com uma máscara em alusão ao petista.