Numa sessão confusa e com muitos vaivéns, o Supremo Tribunal Federal decidiu, ontem, nada decidir. E, até 4 de abril, a ministra Rosa Weber estará no centro dos holofotes. Na quarta-feira, a presidente Cármen Lúcia decidira pautar a análise do Habeas Corpus preventivo para manter o ex-presidente Lula livre mesmo que condenado à prisão na segunda instância, o que provavelmente ocorrerá na próxima segunda. Pois, ontem, os ministros fizeram três votos distintos — e em nenhum deles avaliaram o tema em pauta. No primeiro, que terminou em 7 a 4, determinaram que era, sim, de competência do STF analisar aquele HC em particular. Como a discussão foi longa e já passava das 18h, partiram então para um segundo voto. Para adiar, até 4 de abril, o julgamento. É que como na semana que vem há o feriado da Sexta-Feira Santa, acharam por bem enforcar os dias todos. E o ministro Marco Aurélio Mello, impaciente, logo dizia: tinha um avião para pegar e já estava atrasado. Daí, por 6 votos a 5, pediram a suspensão. De presto a Defesa de Lula pediu uma liminar que suspendesse os efeitos de qualquer decisão tomada na segunda instância. Foi, novamente, acatada por 6 votos a 5. E, por três vezes, Rosa Weber informou: seu voto com a maioria não era adiantamento do voto definitivo. O TRF-4 pode condenar Lula, na segunda-feira. Mas, até a outra semana, os efeitos estão suspensos.