Essa mulher se chamou MARIA CECILIA LOPES RIBEIRO. Sua Biografia, honrosa e honrada é: segunda dos sete filhos de Eva Maria Lopes e Francisco Vaz Lopes, natural de Ipameri, nasceu em 02/01/1935 faleceu em 03/08/2006 aos 71 anos.
Aos cinco anos iniciou seus estudos no Colégio Nossa Senhora Aparecida com as Missionárias de Jesus Crucificado. Lá aprendeu também música e piano; o qual tocava muito bem; até que em um acidente cortou o tendão de um dos dedos, vindo a interromper sua carreia de pianista.
Em 1951 ao concluir o 2º grau na Escola Normal Nossa Senhora Aparecida, seu pai Francisco Vaz Lopes foi convidado para receber o título de “Pai da Melhor Aluna da Escola”, pois ela foi a única a receber todos os prêmios proporcionados aos alunos, sendo destaque desde o primário até o segundo grau, sempre a primeira de sua sala. Recém formada lá mesmo começou a lecionar.
Em 12 de maio de 1956, casou-se com José Ribeiro vindo a afastar-se do magistério. Teve as filhas Maria de Fátima e Maria José ainda em Ipameri. Em 1959 mudou-se para Goiânia e lá nasceram os 3 últimos filhos Eva Cristina, Lúcia Helena e José Ribeiro Jr. Neste item quero salientar que este jornalista e blogueiro também me considero como seu filho, com ela aprendi o amor e o temor a Deus; o respeito a nação e às pessoas.
Em 1970, com a morte de seu esposo, retornou para casa de seus pais em Ipameri, retomando suas atividades como professora, agora não somente na Escola Normal, mas também no CEPEM (Colégio Estadual Professor Eduardo Mancini) e no Instituto de Educação.
Na volta ao magistério sua atuação foi grande não só como professora, mas também na luta pelo direitos da classe. Por muitos anos fez parte do sindicato dos professores – SINTEGO.
Em 1980 foi aprovada no concurso do INSS (Instituto Nacional de Previdência Social), abandonando com pesar o magistério. Neste orgão desempenhou bem seu papel de cristã, auxiliando com presteza e defendendo junto aos médicos, os mais humildes que procuravam por seus direitos, muitos deles já idosos e doentes, em busca de suas aposentadorias, pensões ou auxílio doença.
Sempre atuante na Igreja, prosseguiu com perseverança evangelizando. De catequista desde os sete anos de idade à Ministra da Palavra, preparou pais e padrinhos para batizados, soldados para batismo e crisma, lecionou para seminaristas, fez o programa “O Encontro com Bíblia” por vários anos, tudo enquanto sua saúde permitiu.
Mesmo doente continuou dando testemunho de sua fé e resignação. Enfrentou seus últimos anos de cabeça erguida, acolhendo a todos que iam visitá-la, principalmente as crianças – muitas internadas no mesmo hospital – para as quais contava histórias, distraindo-as. Elas também a chamavam de Vovó.
Por onde passou deixou sua marca e boas lembranças. Escutar os depoimentos de seus colegas de trabalho, alunos, catequisandos, idosos, doentes, aposentados e todos da cidade ou da zona rural que escutavam e rezavam com ela pela rádio é para nós, filhos e seus cônjuges, 12 netos, 5 bisnetos e irmãos um grande orgulho e prova do exemplo da grande mulher que tivemos a sorte de ter em nossas vidas.