
Em entrevista concedida ao Jornal Gazeta, o Candidato a Deputado Estadual pelo Democratas Luiz Gustavo assegura que o seu projeto é irreversível e que boateiros de plantão não irão desviá-lo de seu rumo.
Presidente do DEM em Catalão, bacharel em Direito, com pós-graduação em Direito Notarial (UNB), Luiz Gustavo Sampaio desponta como o exemplo positivo do novo, dentro da política goiana. O tio, Diógenes Sampaio, já foi deputado estadual e federal por várias vezes. A mãe, Maria da Glória, hoje professora aposentada, foi vice-prefeita de Aguinaldo Mesquita, ainda nos tempos de PFL. Tem no pai, Mauro Sampaio, além de grande homem, um incentivador.
Quem é e o que pensa esse catalano de 44 anos, que cruza o Estado de ponta a ponta, pregando a união das oposições em torno da pré-candidatura do senador Ronaldo Caiado ao Governo? Quem é esse novo, que, madrugando na estrada, também se apresenta, Estado afora, como nome à disposição do DEM, para a chapa à Assembleia Legislativa?
Luiz Gustavo Sampaio conversou com GAZETA, falando sobre ele, a família, a política e as suas bandeiras de luta.
A ENTREVISTA
GAZETA – Por que ser candidato?
LUIZ GUSTAVO (LG) – O descrédito da maioria dos políticos está a exigir gente nova, com ética, sem máculas e disposta a ajudar na reconstrução de um novo contexto democrático. Acredito ter credenciais para pleitear espaço nesta mobilização pela mudança.
GAZETA – O que o motivou a entrar no processo?
LG – Interessei-me pela política ainda cedo, quando a minha mãe foi candidata a vice-prefeito, na chapa vitoriosa do Dr. Aguinaldo Mesquita, pelo então PFL – Partido da Frente Liberal. Atraíram a minha atenção os problemas sociais, já graves à época, e é nesta área em que tenho contribuído com o meu trabalho voluntário. Sempre sonhei em poder fazer mais e vi que, diante da realidade, só poderia fazê-lo detendo um mandato eletivo. Por isso coloquei o meu nome à disposição do meu partido, pleiteando uma vaga na chapa de candidatos a deputado estadual.
GAZETA – Por que Democratas?
LG – A minha família sempre esteve na frente Liberal. Ideologicamente, foi o meu primeiro partido. Dele surgiu o DEM, seu sucedâneo e ao qual me filiei, em 2007, onde fui bem recebido pelo nosso líder maior, senador Ronaldo Caiado. Hoje, com muito orgulho, presido a sua comissão executiva, aqui em Catalão. É pela minha cidade e pela minha querida região da Estrada de Ferro que estou buscando um lugar na chapa.
GAZETA – Catalão já não tem representantes na Assembleia?
LG – Tem. Todos merecem respeito, mas me cabe o direito de me oferecer como alternativa e eu o faço empunhando a bandeira do novo, da mudança. Entendo que, diante da triste realidade política estampando a falência do atual modelo, a renovação se faz urgente e necessária. A população anseia por nomes novos na política, pessoas que não tenham máculas e que se constituam em opções seguras para as próximas eleições. Eu me incluo no novo. Estou entre os que querem fazer a diferença.
GAZETA – Catalão sempre foi um centro político nervoso. Assim, é certo que existirão outras candidaturas locais. Isso o preocupa?
LG – De forma alguma. Postular é direito de todos e os principais partidos da cidade se movimentam. O PSDB tem os seus nomes, o MDB os dele, todos com bons quadros. Aqui no Democratas, os companheiros decidiram oferecer o meu nome como pré-candidato e é nisso que estamos trabalhando. Felizmente, tem sido grande e gratificante a receptividade.
GAZETA – O Sr. Acredita ser possível, ainda, a união DEM-MDB?
LG – Acredito. Ela será importante, pois Goiás quer e precisa se ver livre do modelo administrativo vigente. A alternância no poder oxigena a democracia. Chegou a hora do novo, da mudança, de fazermos materializar o desejo da população. E é um direito dela. O povo muda quando quer ou muda quando cansa. O modelo que aí está já se exauriu. Mudar é preciso, e, sem dúvida, o nosso senador Ronaldo Caiado é o caminho.
GAZETA – E se o MDB não vier?
LG – Pode não vir a cúpula, pois, por onde temos percorrido no interior, o apoio a Caiado é a vontade das bases. Respeitamos a pré-candidatura do MDB, mas continuaremos trabalhando pela soma, até por que esta é, também, a vontade das principais lideranças emedebistas em todas as regiões do Estado.
GAZETA – E em Catalão?
LG – O prefeito Adib Elias tem feito esforço hercúleo para que o MDB se junte à frente que apoia a pré-candidatura do senador Ronaldo Caiado. Como liderança expressiva do seu partido, ele tem trabalhado – e muito – nesse sentido. Ele já se posicionou, publicamente e com ênfase, pela importância dessa aliança. Não diferente tem sido as posições dos prefeitos Paulo do Valle, de Rio Verde, Ernesto Roller, de Formosa. Íris Rezende, de Goiânia, também tem sido incansável defensor da unidade.
GAZETA – Como está a sua relação com o prefeito Adib Elias?
LG – Ela sempre foi ótima. Historicamente, nós – eu, meus pais, a nossa família – o apoiamos em todas as suas campanhas. Sempre estivemos ali, na linha de frente. Sempre fomos leais a ele.
GAZETA – Falemos de suas propostas. Sobre as questões sociais, a qual área dará maior atenção?
LG – A todas elas – saúde, educação, habitação, segurança, mas com ênfase no grau das suas necessidades. Na saúde, os prefeitos estão fazendo milagres, pois a demanda é crescente. O governo estadual tem que estar mais presente, para que a resolutividade tenha resposta satisfatória, pois há casos em que as unidades municipais não dispõem de meios para solucioná-los – e isso aponta para a necessidade de uma unidade hospitalar de grande porte e Catalão, pela importância e tamanho, há muito está a merecer. Sem falarmos na elevada carência de UTIs.
GAZETA – E as demais?
LG – Na Educação, carecemos de escolas de grande porte, no ensino médio. Preocupa-nos a juventude sem emprego, que sai do segundo grau sem saber o que fazer. Daí defender a ampliação, em todo o Estado, do ensino profissionalizante, com cursos técnicos de formação de mão-de-obra. Também temos propostas para as áreas de habitação, transporte e segurança pública. Já fui delegado de polícia e conheço o setor. Estarei na linha de frente no combate ao tráfico de entorpecentes. O mundo será uma droga, se não tirarmos a droga do mundo.
GAZETA – Que outras áreas mereceriam a sua atenção?
LG – O meio ambiente é uma delas. Vamos ficar atentos quanto aos agrotóxicos, mas também à preservação das matas ciliares, que impedem o assoreamento dos nossos mananciais, especialmente nas nascentes. Temos que cuidar do cerrado, que é rico em fauna, flora e com grande potencial hídrico na superfície e no subsolo.
GAZETA – Confirmado o seu lugar na chapa oficial do DEM, como pretende fazer a sua campanha?
LG – Limpa. Propositiva. Sem ataques a quem quer que seja. Defendemos ideias, não atacamos pessoas. Esse é o novo e esta será a nossa prática.
GAZETA – Que mensagem o Sr. deixa aos nossos leitores?
LG – A hora é de mudança. Vamos mudar e renovar. Goiás precisa experimentar algo novo. Ofereci-me ao meu partido como uma alternativa para essa renovação. Tenho honra, ideias e garra. Espero que, oficializada a minha candidatura, eu possa merecer de todos a atenção às minhas propostas e aos meus propósitos.