O Brasil tem, hoje, 1 milhão e meio de adolescentes de 15 a 17 anos fora das salas de aula. Esses números assustam.
Pesquisas mostram que a maioria deixa a escola por que tem de trabalhar ou não vê sentido em estudar disciplinas que nada têm a ver com o futuro imaginado. Assim, alunos saem da escola sem aprender e, também, partem despreparados para o mercado de trabalho.
Isso não pode continuar. Num país como o nosso, precisamos de ampliar e fortalecer o ensino profissionalizante. O Brasil precisa de técnicos, não apenas de doutores.
O Governo federal tem ampliado o ensino tecnológico de nível superior, mas são apenas 354 unidades. Pouco para um país com mais de cinco mil municípios. Precisamos de mais, muito mais.
Pela LDB – Lei de Diretrizes e Base da Educação, os cursos profissionalizantes de nível técnico devem ser promovidos e/ou apoiados pelos governos estaduais, para atender aos jovens de ensino médio nas áreas de saúde, educação, informática, agricultura, comércio, indústria, turismo, meio ambiente etc. Com certeza, esses alunos jamais abandonariam a escola, sabendo que dali sairiam com uma profissão.
Em Goiás, o Governo quer passar a gestão da Educação para as organizações sociais – as tais OS -, ao invés de fazer o dever de casa. Enquanto isso, as indústrias que temos buscam mão-de-obra qualificada lá fora. Isso tem que mudar. É o que temos ouvido nas nossas visitas a companheiros do interior goiano e isso nos preocupa.
O Governo do Estado precisa de investir no ensino técnico e preparar os nossos jovens para a construção do nosso desenvolvimento e de uma vida melhor para todos. Sem isso, continuaremos a ser somente o que diz o velho chavão: apenas um país do futuro.