Em defesa do Colégio Militar – ordem em meio ao caos

Drogas, armas brancas e baixa aprendizagem são o prato do dia a dia das escolas de regiões vulneráveis no Brasil. Esse cenário não é diferente nas escolas de Goiás e também de Ipameri.

Contudo isso pelo menos nas escolas pode mudar  com a implantação do Colégio Militar que surgirá seguindo a tradicional disciplina militar – que inclui farda obrigatória, gritos de guerra e proibição do uso de celulares, além da expulsão dos “incorrigíveis” –, o colégio se tornará um lugar seguro e atingirá um patamar de qualidade acima da média nacional e de muitas escolas particulares.

Histórias de sucesso não são únicas no país e se esparramam pelos 4 cantos, o que deixa os críticos do modelo com os cabelos em pé. Animados com essa performance, estados como Goiás já repassaram escolas públicas para a administração de militares – e estão satisfeitos com os resultados – e outros governos pensam seriamente em tentar esse caminho.

Além desses casos, há ainda a experiência bem-sucedida das 13 unidades do Sistema Colégio Militar do Brasil (SCMB), criadas pelo Exército preferencialmente para a educação dos filhos de integrantes das Forças Armadas, a maior parte delas entre as melhores instituições do país.

Mas qual é o segredo desses colégios?

Para os gestores, um dos trunfos é conseguir, por meio da disciplina, a motivação para o estudo contínuo e não apenas o “estudar para a prova”. O outro caminho que influencia nos resultados é a seleção dos alunos. Na maioria dos colégios do SCMB, como o Colégio Militar de Curitiba (CMC), o melhor ensino fundamental público do Paraná, antes de ingressar no 6º ano, os filhos de militares passam seis meses em aulas de reforço de português e matemática. Por sua vez, os alunos que vêm de fora precisam passar por uma prova de seleção. Com isso, um dos principais obstáculos das escolas públicas, a diferença de aprendizagem entre os alunos, é minimizada.

Essas instituições também mantêm um grupo de professores responsáveis por avaliar os alunos de forma personalizada e os que apresentam problemas de aprendizagem contam com reforço no contraturno. No caso do CMC, os professores passam por capacitação continuada e uma parcela significativa tem mestrado e doutorado.

“O corpo docente é altamente qualificado”, diz o professor capitão Genivaldo Pavanelli, chefe da seção de supervisão escolar do CMC. Outro ponto importante, ressalta, é que a maioria dos professores do CMC dedicam sua docência exclusivamente ao Colégio. “Desta forma, o tempo de trabalho desses profissionais está voltado para a pesquisa, planejamento e execução da atividade docente”. Outro ponto alto é a infraestrutura, que conta com quadras de esporte, ginásios, piscinas, laboratórios de física, química e biologia.

Rede “particular” 

A discussão vai longe. E é verdade. Seja como for, os bons resultados acadêmicos desses colégios estão desencadeando mais um fenômeno: a criação de escolas particulares inspiradas nos moldes militares, como o Colégio da Vila Militar (CVM), em Curitiba, que será mantido pela Associação da Vila Militar (AVM). Um mês depois do anúncio da criação da instituição, 700 adolescentes registraram interesse em se inscrever.

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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