Médicos tem alta credibilidade, diz pesquisa

O médico é o profissional em quem a população brasileira mais confia. Essa é a conclusão de pesquisa do Instituto Datafolha, realizada a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM).

De acordo com a pesquisa, para 26% dos brasileiros o médico permanece no topo do ranking da credibilidade. Em segundo e terceiro lugares vêm o professor (24% das menções) e o bombeiro (15%). No extremo oposto, na base da escala, aparecem os políticos (0,3%).

Os resultados não surpreendem, considerando-se o trabalho da categoria médica na atenção e no cyudafo de seus pacientes. Desta forma, os dados representam o reconhecimento da dedicação, do empenho e do desprendimento desses profissionais .

Foram ouvidas O 2.089 pessoas em todas as regiões do País. Do ponto de vista geográfico, o médico conta com mais credibilidade e confiança nas populações do Nordeste e do Sudeste, que apresentam índices de 31% e de 27%, respectivamente.

Quando o dado é analisado em função de faixa etária, o desempenho é positivo nos que têm mais de 60 anos (31%). Os médicos ainda ganham entre as mulheres (27%) e entre aqueles entrevistados com ensino fundamental (31%).

De forma complementar, a pesquisa revela também que o brasileiro sabe que poderia ter uma assistência médica de qualidade superior se o Estado fizesse sua parte. Ao mesmo tempo em que confia nos médicos, a população reconhece que esses profissionais têm sua atuação prejudicada devido à falta de condições estruturais.

Para 94% dos entrevistados a qualidade do trabalho do médico é afetada por problemas como as precárias condições de trabalho (41%), pelos baixos salários (33%), pela corrupção na área de saúde (33%) e pela má gestão da saúde pública (28%).

Também foram apontados como fatores que impedem o pleno exercício da medicina: a falta de acesso a exames e tratamentos de alta e média complexidades (25%); a falta de fiscalização de clínicas e de hospitais (24%); e a ausência de leitos para internação no SUS, entre outros itens.

As condições de trabalho foram apontadas como os grandes obstáculos ao bom exercício da medicina, principalmente pelas moradoras do sexo feminino com nível superior e entre 25 e 34 anos de regiões metropolitanas do Norte e Centro-Oeste.

Esses dados completam com outra pesquisa do Datafolha que mostra que a saúde é o principal problema segundo 37% dos brasileiros, a frente da corrupção (18%) e do desemprego (15%). O resultado aponta, ainda, que a percepção da qualidade dos serviços de saúde (públicos e privados) é ruim ou péssima para 65% das pessoas com 16 anos ou mais.

Por fim a população reconhece que esses homens e mulheres são trabalhadores vocacionados que entenderam o seu papel no duro exercício de resgate da cidadania e da dignidade, possível na oferta de um atendimento médico digno e adequado.

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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