
Operação ‘O Grande Irmão’ cumpre 21 mandados em Goiás, SP e DF; prejuízo confirmado é de R$ 1,5 milhão. Segundo polícia, grupo realizava saques após inserir créditos em cartões.
Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (11) uma operação contra uma quadrilha suspeita de realizar fraudes cibernéticas contra instituições financeiras. Segundo as investigações, eles conseguiam inserir créditos em cartões de débitos pré-pagos para realizar pagamentos e saques. Um vídeo mostra o momento em que um dos integrantes retira dinheiro em um caixa eletrônico (assista).
A corporação diz que já foi comprovado um prejuízo de R$ 1,5 milhão, mas estima que o valor total desviado possa ser o dobro desse montante.
A ação, batizada de “O Grande Irmão”, é comandada pela unidade da PF em Goiânia e ocorre em Goiás, São Paulo e Distrito Federal. São cumpridos 21 mandados, sendo nove de prisão temporária, dez de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para depor.
Até às 12h30, seis ordens de prisão tinham sido cumpridas, sendo cinco em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, e uma em Brasília. Faltam ainda outro mandado prisão na cidade goiana e dois em Catanduva, no interior paulista. Já os de busca e apreensão e condução coercitiva foram todos finalizados.
O delegado Fernando Paganelli explicou como o grupo agia. Segundo ele, os integrantes tinham funções específicas.
“Havia pessoas responsáveis pela invasão do sistema da empresa, outras que constituíam empresas de fachada em seu nome para a emissão de cartões e para abertura de contas bancárias. E outras pessoas que eram responsáveis por realizar saques e compras no comércio com os cartões de débito que eram alimentados mediante fraude”, informou.
A apuração apontou que a quadrilha agia desde 2012. Com o dinheiro desviado, um dos envolvidos chegou a comprar um carro de luxo. Além dos saques e pagamentos, os suspeitos também fraudavam transferências bancárias para contas de empresas particulares e de empresas das quais eram sócios.
Ainda conforme a corporação, os envolvidos tinham uma vida de ostentação, gostavam de festas e alugavam verdadeiras mansões para se divertirem. A residência de um deles, inclusive, tinha uma grande piscina e hidromassagem.
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