Cidades brasileiras desperdiçam 40% da água disponível por falta de cuidado ou mau uso

Goiás: Melhor desempenho: 27%.

Estudo mostra que o país perde quase 8 mil piscinas olímpicas todos os dias, o que poderia abastecer 66 milhões de pessoas. Cerca de 35 milhões da população não têm acesso à água tratada.

Um estudo revelou o tamanho do desperdício de água no Brasil. Enquanto 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada, o país perde quase 8 mil piscinas olímpicas todos os dias. O recurso, que vai pelo ralo, poderia abastecer 66 milhões de pessoas.

“A água passa por tubulações por reservatórios e geralmente por ter uma pressão muito elevada para a distribuição dessa água acaba ocorrendo vazamentos. Outro ponto também é que existem muitos furtos de água”, explica Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil.

De acordo com o estudo, a média nacional de desperdício de água foi de 40% em 2020, pouco mais do que os 39% registrados no ano anterior. O quinto ano de piora. Em 2016, o índice ficou em 38,1%.

“O Brasil está em uma posição bastante ruim em termos de índice de perdas de água. Nós temos ótimos exemplos como Austrália com 10% de perdas, como Estados Unidos com 13% de perdas, mas temos também vários outros países como o Uruguai, com 51%”, destaca Luana.

Esse índice varia de estado para estado. O melhor desempenho é o de Goiás, 27%. Em São Paulo, o desperdício foi de 34%. O Amapá tem o pior resultado: 74%. A meta do marco legal de saneamento brasileiro para 2033 é que todos os estados brasileiros e o Distrito Federal reduzam a taxa de desperdício para 25%.

Goiânia é o destaque positivo, com índice de desperdício de 18%. A maior perda foi registrada em Porto Velho. Na capital de Rondônia, 84% da água potável produzida não chega às torneiras, e só um terço da população tem acesso a água tratada.

Em Pelotas, no Rio Grande do Sul, 61,12% da água é desperdiçada.

“Se a gente conseguir reduzir essas perdas de 40% para 25% até 2033 se projeta um ganho de R$ 53 bilhões. Esse ganho é tanto na redução de custo de produção de água, com energia elétrica, com produtos químicos, quanto no ganho de faturamento das concessionárias, o que demonstra ainda mais a importância de se investir nessa redução de perdas para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e também do meio ambiente”, continua Luana.

Fonte Jornal Nacional

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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