Júlio Páscoal – Os Verdadeiros Culpados do Avanço da COVID – 19 em Goiás e no Brasil

De quem é a culpa?

De cada ser humano racional, que insiste pela ignorância e falta de responsabilidade, em ser irracional, com o outro e consigo mesmo.
A COVID – 19, teve início na China, palco de outros vírus, isso pela irracionalidade de um sistema que impõe ao cidadão, que fica sob a tutela do Estado, sujeito a todo tipo de exploração o levando no interior do país, nos lugarejos mais distantes a inclusive passar fome.
A fome faz o cidadão, perder a racionalidade, quando se vê e sua família, nessas condições. No desespero come o que aparece. A imprensa internacional, veiculou que o vírus, veio da ingestão de morcegos, por pessoas que se encontravam nessa situação.
A partir dessas considerações e tendo o vírus, iniciado naquele país, na província de WUHAN, logo ganhou a condição de epidemia e seguida alastrou por todos os países, na condição de pandemia.
O ponto nevrálgico como visto, está na ma distribuição de renda, existente naquele país, situação que também ocorre no Brasil, ampliando a barreira entre as pessoas mais empobrecidas e as ricas.
As pessoas que se encontram nas classes “D e E”, nos Estados Brasileiros, formam os bolsões de miséria, nas periferias das capitais e cidades médias, que em sua grande maioria são desprovidas dos serviços públicos considerados básicos, tais como: saneamento, água tratada, habitações dignas, higiene, saúde, educação, infraestrutura e segurança pública.
As famílias vivem em casebres, muitos sendo de madeira, e mesmo aqueles de alvenarias, são construídos de maneira irregular, não respeitando as regras básicas de segurança, principalmente em encostas de morros e nas proximidades de córregos.
Por que isso ocorre? Pela omissão do Estado, abrindo caminho o comando paralelo, financiado pelo resultado da venda de drogas às classes altas e baixas.
Nas favelas são aliciados, crianças, jovens, adultos e idosos, que vivem a margem da sociedade, uma vez que lhes faltam o principal ou seja as condições necessárias para ingressar no mercado de trabalho.
Como a saída para o controle da pandemia exige um ambiente totalmente contrário ao existente, o resultado tem sido a proliferação assustadora dos casos de infecção e mortes, principalmente nos Estados das Regiões: sudeste, norte e nordeste.
O quadro caótico da saúde pública no Brasil, mostra que ao longo da história, os 12,5%, que a constituição, determina que sejam gastos em saúde, foram mal aplicados em todas as unidades da federação.
Nos hospitais públicos de todos os Estados, faltam leitos de UTI, para socorrer doentes de outras patologias e também da COVID – 19, razão das mortes se aproximarem de 60 mil e o número de contaminações caminharem para cerca dois milhões, disputando palmo a palmo com os Estados Unidos da América.
Como se isso não bastasse, 60% das pessoas contaminadas estão dentro dos hospitais públicos e privados, pela ausência e má qualidade dos equipamentos de proteção individuais. Um absurdo.
Não obstante a fragilidade do sistema de saúde, há outro ponto nevrálgico em todo país e que tem deixado as autoridades de mãos atadas, que são os transportes públicos.
As concessionárias desses serviços desrespeitam os decretos, reduzem suas frotas nas ruas, alegando perdas financeiras, que infelizmente são reconhecidas por Tribunais, de instâncias superiores, favorecendo as aglomerações, contaminações e a propagação do vírus que é letal e tem ceifado a vidas das pessoas independente de classes sociais, gênero e idade.
Uma parte da população, tem contribuído para esse cenário de horror, pois insistem em não usar máscaras, fazem festas, promovem aglomerações, agem como se nada estivesse ocorrendo, uma pena.
Diante do quadro retratado nesse texto, alguns tem pago uma conta, que não foram criadas por eles. Me refiro ao comércio, indústrias e prestadores de serviços, pondo em xeque, a economia, os empregos e o nível de renda.
Goiás, seguindo orientação de técnicos da Universidade Federal, em estudo que mostra a possibilidade do número de mortes passar de 500, para 18 mil, na primeira quinzena de julho, adotou uma forma de quarentena intermitente (fechando por 14 dias e reabrindo 14 dias, principalmente as lojas da rua 44 e os shoppings centers, que se prepararam conforme decreto municipal anterior para reabertura no final do mês junho), a frustração foi geral. O motivo alegado foi a possibilidade de colapsar as unidades hospitalares.
Isso comprova minha crítica feito no início desse texto, que os recursos provenientes dos 12,5% a ser gastos em saúde, sempre foram mal aplicados, independente por quem dirigiu os destinos do Estados e grande parte das prefeituras.
O desemprego e a falta de renda, também matam, por essa razão estudos, como os que vem sendo realizados pela UFG, devem levar em conta não só os números, que são frios, mas principalmente o impactos de cálculos estatísticos, como os apresentados ao Governador e aos prefeitos, nas relações sociais.
Nem todos os municípios apresentam o mesmo quadro, por essa razão as ações não podem ser as mesmas, há outros protocolos que vem sendo utilizados por municípios como: Anápolis, Aparecida de Goiânia, Catalão, que vem dando certo sem colapsar o sistema de saúde.
Por essa razão apenas 16 municípios da região Sudoeste e Goiânia, acompanharam o decreto do Governador. Os demais seguem protocolos próprios. Caberá ao tempo mostrar quem de fato tem razão.

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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