Fortes chuvas causaram alagamento na cidade de Goiás Foto: Reprodução
Rio das Almas em Pirenópolis deixou a Rua do Lazer alagada. Cachoeira de Alto Paraíso e Corumbá de Goiás também registraram aumento na queda d’água.
As fortes chuvas que caíram em Goiás nos últimos dias têm provocado alagamento em ruas e rodovias de diversas regiões do Estado, além de subir o nível da água em cachoeiras de diversos pontos turísticos.
Em Pirenópolis, a Reserva do Abade, tradicional na cidade e frequentada por diversos famosos, ficou totalmente alagada após a queda d’água subir o nível do rio. No município, o Rio das Almas também provocou alagamento na Rua do Lazer, a principal da cidade.
Na tarde desta terça-feira, 11/01, vídeos que circulam nas redes sociais mostram comerciantes da região retirando eletrodomésticos como geladeiras das casas e comércios locais. Nas imagens é possível ver ainda que o nível do rio chega nos joelhos de algumas pessoas que passam por lá. O temporal tem provocado tumulto e aumentado o fluxo de carros na região central da cidade. A Defesa Civil do município emitiu um alerta informando sobre os riscos de tromba de água.
Em Corumbá de Goiás, o famoso Salto de Corumbá também registrou alto fluxo na queda d’água desde o início da semana. O mesmo foi registrado em Alto Paraiso na região da Chapada dos Veadeiros. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram cachoeiras dos principais pontos turísticos da cidade com alto volume de água. 
Na região Nordeste do Estado temporais vem inundando estradas, alagando casas e provocando erosões nas rodovias. Há riscos de alagamentos.
Em Itapirapiurã, o rio Beira Rio também encobriu barracas de dois bares após subir. Na cidade, a ponte da GO-230 foi levada pela correnteza e parou em uma fazenda. A cidade de Goiás também voltou a alagar após o Rio Vermelho aumentar o nível depois das fortes chuvas na região.
Já em Novo Brasil, na zona rural, um homem se arriscou para tirar o leite das vacas e atravessou um córrego com água pela cintura para chegar aos animais. Na cidade de Nova Crixás, a água invadiu algumas casas. Na zona rural, parte do pasto ficou debaixo d’água e os animais precisaram enfrentar o alagamento.
Entre Araguapaz e Aruanã, rio transbordou e a água encobriu a GO-530. Já entre Sanclerlândia e São Luís de Montes Belos, a água encobriu a rodovia e motoristas não conseguiram passar. A cheia do Córrego Linha Nova interrompeu a passagem para o distrito de Colônia de Uvá pela GO-070. Em Flores de Goiás as chuvas também causaram a cheia do Córrego Tapicuru.
As cidades goianas que estão em alerta são: Alto Paraíso de Goiás, Colinas do Sul, Teresina de Goiás, Cavalcante, Monte Alegre, Campos Belos, Divinópolis, São Domingos, Iaciara, Formoso, Niquelândia, São João D’Aliança, Guarani, Flores de Goiás, Nova Roma, Minaçu e Cidade de Goiás.
Previsão de mais chuva
De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), as pancadas de chuva isoladas podem ser volumosas, acompanhadas de rajadas de ventos e raios.
Na região norte, a previsão é de 45 milímetros de chuva. Já na região central, deve chover 40 milímetros.
Segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) o bloqueio das chuvas acontecerá a partir de quarta-feira, 15/01. 
Alerta
O chefe do departamento de gestão de riscos da Defesa Civil estadual, o capitão do Corpo de Bombeiros, Ricardo Oliveira, ressalta que, neste período de férias, muitas pessoas pegam estrada e é preciso ter atenção redobrada, principalmente agora com os riscos de crateras e desabamentos nas vias.
“É preciso observar o itinerário antes de viajar. Algumas cidades têm interdições temporárias, parciais. Isso pode atrapalhar o roteiro. Além disso, é preciso acompanhar a situação da estrada para evitar pegar chuva em algum local que não esteja em boas condições”, pondera Ricardo Oliveira.
Reservatórios estão em nível baixo, segundo Cimehgo
Mesmo com as chuvas em todo o Estado de Goiás, o fenômeno meteorológico não é suficiente para fazer os reservatórios de água chegarem a níveis tranquilizadores.
Segundo o Cimehgo, as precipitações estão ocorrendo de formas desproporcional – muito numa região e pouco em outra -, o que causa preocupação.
De acordo com gerente da Cimehgo, André Amorim, a má distribuição das chuvas acaba prejudicando os reservatórios de água de Goiás, que devido à essa desproporcionalidade nas chuvas, “estão se recuperando de uma maneira tímida, mais lenta e demorada”.
O gerente ainda reforça o nível preocupante de alguns reservatórios, como o de São Simão, que registrou nível de 25,21% de volume útil no último domingo (9); Emborcação, que registrou 24,79% de volume útil e até o de Serra da Mesa, que registrou 36,62% de volume útil. “Ainda não temos nenhum reservatório de Goiás com 50% do volume útil, para termos uma ideia”, finalizou.
