Caiado e outros 15 governadores assinam carta e contestam críticas de Bolsonaro

O governador Ronaldo Caiado (DEM), assinou em conjunto com outros 15 governadores uma carta em resposta a publicações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sobre os repasses da União para o enfrentamento da Covid-19.

O texto também é assinado pelos governadores Renan Filho, de Alagoas; Waldez Góes, do Amapá, Camilo Santana, do Ceará, Renato Casagrande, do Espírito Santo; Flávio Dino, do Maranhão; Helder Barbalho, do Pará, João Azevedo, da Paraíba; Ratinho Júnior, do Paraná; Paulo Câmara, do Pernambuco; Wellington Dias, do Piauí; Cláudio Castro, governador em exercício do Rio de Janeiro; Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte; Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul; João Doria, de São Paulo e Belivaldo Chagas, de Sergipe.

Em trecho da carta, os gestores estaduais dizem que houve produção de informação distorcida. “Mais uma vez, o governo federal utiliza instrumentos de comunicação oficial, bancados por gastos públicos, para produzir informação distorcida, gerar interpretações equivocadas e atacar governos locais”.

Ainda na carta divulgada nesta segunda-feira, 1º, os governadores resaltam que a prioridade de Bolsonaro seria “criar confrontos, construir imagens maniqueístas e minar ainda mais a cooperação federativa essencial aos interesses da população”.

Receitas

Os autores da carta escreveram ainda que a Constituição estabelece receitas e obrigações a todos os entes federativos. Os governadores disseram que são utilizados valores repassados para auxílio emergencial, suspensões de pagamentos de dívida federal por acordos e decisões judiciais anteriores à Covid-19.

“Adotando o padrão de comportamento do presidente da República, caberia aos estados esclarecer à população que o total dos impostos federais pagos pelos cidadãos e pelas empresas de todos [os] estados, em 2020, somou R$ 1,479 trilhão. Se os valores totais, conforme postado hoje [domingo], somam R$ 837,4 bilhões, pergunta-se: onde foram parar os outros R$ 642 bilhões que cidadãos de cada cidade e cada estado brasileiro pagaram à União em 2020?”, segue outro trecho da carta.

“A contenção de aglomerações preservando ao máximo a atividade econômica, o respeito à ciência e a máxima agilidade na vacinação constituem o cardápio que deveria estar sendo praticado de forma coordenada pela União, pois são o conjunto que busca a proteção à vida, o primeiro direito universal de cada ser humano. É nessa direção que nossos esforços e energia devem estar dedicados”, encerra a carta.

No domingo, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber determinou ao Ministério da Saúde o custeio de UTIS para pacientes de Covid-19 nos estados da Bahia, do Maranhão e de São Paulo. Em seguida, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o pagamento será retomado

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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