Julio Paschoal: O PREÇO DA IMPUNIDADE

Goiás, vive um dos seus piores momentos no combate a COVID – 19, e suas mutações.

O reflexo da situação atual, decorre do relaxo nas medidas, na falta de fiscalização e punições severas, áqueles, que insistem em quebrar as regras, arbitradas pelos poderes: Estadual e Municipal.

As eleições e as festividades de final de ano, somada a irresponsabilidade de grande parte da população, nos municípios, que integram o Estado de Goiás, está provocando a colapsação, das unidades hospitalares, sejam elas públicas ou privadas.

Não falta informação ás pessoas, falta atitude para cumprir o que é determinado por um lado e por outro fiscalizar e punir com rigor, os transgressores da lei.

O momento é crítico, vários avisos foram dados repetidas vezes pelas autoridades, mas simplesmente as pessoas não querem ouvir e ver.

O amigo competente e secretário de saúde de Catalão, falou repetidas vezes nos veículos de comunicação “As pessoas esqueceram do vírus, mas ele não esqueceu das pessoas”.

Quando vejo Catalão, minha terra natal, no rol dos 86 municípios, que o número de contaminações e mortes, elevaram muito, confesso que me preocupo.

Por que digo isso? Porque nossas duas principais autoridades, pegaram a doença e lutaram muito para sobreviver. O vice prefeito menos, mas o prefeito, muito e ainda luta pelas sequelas deixadas.

Nem isso foi capaz de sensibilizar as pessoas, no nosso município e naqueles circunvizinhos, cuja a ligação é forte com Catalão.

O quadro desenhado pela Secretaria de Estado da Saúde e passado aos prefeitos, pelo Governador é crítico.

As dezoito regionais ou estão em estado: de alerta, crítico ou de calamidade.

A mais de quinze dias, o Estado aparece em vermelho, no mapa do Brasil. Isso porque o número de contaminações e mortes são assustadoras.

Não se trata aqui de inventar a roda, mas de tomar medidas que preservem a economia, mas principalmente a VIDA das pessoas.

Ninguém precisa inventar mas pode copiar o que deu certo, enquanto houve fiscalização rígida.

O Estado de Israel, colocou em prática um sistema de rodízio por bairros, onde durante uma semana, fecha tudo, porque para eles toda atividade econômica é essencial.

O sistema foi adotado por Aparecida dê Goiânia, a levando a ter uma das menores taxas de contaminações e mortes. Por esta razão o Município, não está entre os 86, citados pela secretaria e publicado no Jornal O Popular.

Pergunto: Por que não seguir o que deu certo no Oriente Médio e também em Aparecida de Goiânia? Se não há outra modalidade que ponha em prática.

Pelos exemplos vistos nos últimos meses, o poder público municipal, não precisa contar com a maior parte da população, principalmente os jovens e adultos, que insistem com as festas clandestinas ou mesmo em suas residências. Não usam máscaras corretamente e muito menos respeitam o distanciamento e o isolamento social, quando necessário.

Não preciso ir longe em minhas argumentações, pois nas cidades turísticas a folia, correu solta, nas pousadas, hotéis e residências particulares, alugadas nesse período de pandemia, por proprietários irresponsáveis. Três Ranchos, Pirenópolis, Caldas Novas, Aruanã, Araguapaz, Ouvidor, Valparaiso, Rialma, Goiás, são exemplos claros desse descumprimento.

Nos municípios citados o número de contaminações e mortes é crescente, se não quisermos ver mais óbitos, é preciso endurecer nas regras e nas punições, senão a capital do Estado e, os Municípios citados, poderão chegar no mesmo nível de Manaus, Belém e outros, que entraram em colapso.

O preço da impunidade tem falado mais alto e o poder público, não pode e não deve aceitar isso mais, sob pena de perderem totalmente o controle.

Júlio Paschoal

Economista e Professor da UEG

Compartilhe seu amor
Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

Alan inicia seus trabalhos com o único objetivo, trazer a todos informação de qualidade, com opinião de pessoas da mais alta competência em suas áreas de atuação.

Artigos: 14363