Prioridade da Goinfra será manter rodovias e não expandir pavimentação, diz presidente

As condições de manutenção dos cerca de 21 mil quilômetros da malha rodoviária goiana são “muito ruins”, disse o presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra) em entrevista à Sagres 730 nesta sexta-feira (31). “O governo anterior deu prioridade à expansão da pavimentação asfáltica em vez de fazer sua manutenção. É como se uma pessoa tivesse muitos alimentos em casa, saísse para comprar uma geladeira para manter os alimentos, mas no caminho mudasse de ideia e decidisse comprar mais alimentos. Sem a geladeira ele não terá como conservar esses alimentos. Foi o que fez o governo passado”, disse.

Pedro Sales disse que a prioridade da gestão atualmente será a manutenção e não a expansão. Ele informou que o custo anual para manter essas rodovias é de R$ 280 milhões a R$ 300 milhões por ano. Segundo ele, a expansão ocorrerá para atender as propostas de campanha feitas pelo governador Ronaldo Caiado (DEM).

De acordo com o presidente da Goinfra, o quadro da malha viária em Goiás comparado ao quadro nacional, está em uma situação “mediana”. Ele afirmou que a preocupação maior é com os custos. “A malha viária do Estado é pública, não é concessão”, disse. “Então, precisa de R$ 300 milhões para manutenção e ainda tem as obras de restauração que não está nesse valor”, completou.

Sales detalhou que restauração é onde há “irrecuperabilidade na pista”, ou seja, o asfalto será retirado e para receber um outro 100% novo, porque ele já não suporta mais manutenção. “Para isso, pela situação que está o Estado, eu calculo em torno de R$ 600 milhões neste ano para restaurar os que demandam mais urgência”.

Outro problema observado pelo presidente da Goinfra foram as pontes, segundo ele, “conseguiam a façanha de licitar um trecho que tinha três pontes, e não licitavam as pontes. Acabava o trecho e não tinha ponte, ai tinha que licitar novamente”. Ele citou como exemplo o trecho entre Mimoso e Água Fria de Goiás, faltam 6 km para conclusão e há três pontes no caminho e nenhuma está pronta.

Questionado se há intenção de fazer concessão das rodovias, Pedro Sales afirmou que está em um momento delicado. “O Estado de Goiás em uma VDM baixa, ou seja, a contagem rodoviária não é alta, a trafegabilidade para fins de tarifação é baixa. Quando isso acontece, o negócio só se viabiliza com tarifas mais altas”, explicou. “Pra mim só faz sentido fazer o pedágio e auferir um montante que cuida da malha”.

Policlínicas

As policlínicas de Quirinópolis e Goianésia é de responsabilidade da Goinfra. De acordo com Pedro Sales, as obras estão em estágio avançado, com alguns “embaraços”. “Precisamos de fazer algumas medições, discutir questões, verificar se as empresas estão atendendo o cronograma, se tem algum acerto, valor empenhado, observar o que o Estado tem que pagar para adiantar essas obras e manter o cronograma em dia”.

Fonte Sagres

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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