Júlio Paschoal: Brasil O País das expectativas

A bola da vez, está com está com a Reforma da Previdência. Sua aprovação, mostra ao mercado, que o governo, tem como meta, alcançar o equilíbrio fiscal.
A resposta do mercado, foi imediata com os investimento na bolsas de valores, superando a casa dos cem mil pontos.
Os reflexos positivos desse cenário, pode ser visto através da queda das taxas de câmbio. O Real em relação principalmente ao dólar, moeda de aceitação mundial.
A Reforma da Previdência, por si só, garantirá a confiança por parte do mercado? Claro que não, mas não deixa de ser um bom indicativo.
A partir dela outras seriam necessárias, para gerar boas expectativas ao mercado.
Pela ordem virá a Reforma Tributária, cujo texto, já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, da Câmara.
A expectativa é que com essa nova reforma, a carga tributária, que atualmente está em 32% do PIB, possa vir a reduzir em razão da simplificação tributária.
A título de esclarecimento a carga tributária é composta por impostos diretos, que incidem sobre a renda e a propriedade (IR, IPTU e ITR) e de impostos indiretos que incidem sobre o produto e serviços (IPI, ICMS e ISSQN).
A cobrança será apenas no consumo, o que irá levar a uma especialização dos estados na produção daquilo que será consumido nele, prejudicando nesse caso o processo de desconcentração de riquezas, haja vista que esta irá se reconcentrar principalmente em São Paulo, devido seu forte mercado consumidor.
A finalização dos subsídios fiscais, não será interessante para os estados, considerados periféricos, localizados nas regiões centro-oeste, norte e nordeste. Esses perderão receitas e empregos.
A criação de Fundo de compensação de receita será uma incógnita, uma vez que o criado para compensar os efeitos da Lei Kandir, não funcionou por que o governo federal não tem passado os valores devidos no tempo hábil. Enfim sua conduta não traz segurança aos Estados.
Sem entrar ainda mas no mérito dessa reforma, há outra muito importante para criar junto as anteriores um novo tripé macroeconômico, a reforma monetária.
O Brasil tem uma das maiores taxas de juros, do conjunto de países, que integram a OCDE e o G20. Para ser competitivo nesses mercados e também no Mercosul e União Européia é fundamental abaixar ainda mas suas taxas de juros.
Na aldeia global as taxas de juros em média estão na casa de 3,0%, mesmos estando com a menor praticada no país esta é 100% maior.
Nesse sentido podemos dizer que o Brasil, vive de expectativas, nem aprova uma reforma outra ganha força, para atender as exigências do setor privado.
Os empresários, só investem, em ambientes seguros e que o equilíbrio fiscal, se ainda foi alcançado, que esteja em seu radar.
A vinda de novos investimentos, tendem a garantir um maior nível de renda e a redução das taxas de desemprego, uma vez que esta na faixa de 13,0%, muito alta.

Júlio Paschoal
Mestre em Desenvolvimento Econômico pela UFU-MG e professor da cadeira de Macroeconomia da UEG-GO.

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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