Bolsonaro acaba de confirmar: Velez fora do Ministério

O chefe do Palácio do Planalto aproveitou e já anunciou o substituto: o professor Abraham Weintraub, secretário-executivo de Onyx Lorenzoni, na Casa Civil

O presidente Jair Bolsonaro informou, pelo Twitter, na manhã desta segunda-feira (8/4), a saída de Ricardo Vélez Rodriguez do Ministério da Educação (MEC). O chefe do Palácio do Planalto aproveitou e já anunciou quem ficará à frente da pasta: o professor Abraham Weintraub.
“Comunico a todos a indicação do professor Abraham Weintraub ao cargo de Ministro da Educação. Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta. Aproveito para agradecer ao Prof. Velez pelos serviços prestados”, escreveu Bolsonaro na rede social. Screenshot_20190408-121335_Twitter

Cotado para Casa Civil

O economista Abraham Weintraub e o irmão Arthur foram responsáveis pelo tema da Previdência durante o governo de transição. Ele era atualmente secretário executivo da Casa Civil, tendo sido apresentado a Bolsonaro pelo chefe desta pasta, o ministro Onyx Lorenzoni.

Formado em economia pela USP, Abraham trabalhou no Banco Votorantim, onde exerceu os cargos de economista-chefe e diretor, entre outros. Depois, passou pela Quest Corretora. Nos últimos anos, lecionou pela Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp), como professor de Ciências Contábeis.

Coleção de polêmicas

Vélez Rodriguez sai depois de, em apenas três meses de governo, colocar o MEC em diversas polêmicas, incluindo atritos constantes com a equipe, o que levou ao total de 18 exonerações nesse período.

Além disso, Vélez afirmou que a universidade não é para todos; a uma revista disse que o “brasileiro viajando é um canibal”; e, em outro episódio, mandou filmar estudantes cantando o Hino Nacional.
Diante da crise, Vélez teve o mesmo comportamento do primeiro ministro a deixar o governo, Gustavo Bebianno, que ficou apenas 48 dias no cargo: quando ouviu que estava demissionário, disse que não sairia.

Para o novo ministro fica a tarefa de colocar o MEC nos eixos. Levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que o ensino básico do país continua sem critérios mínimos para avaliação de qualidade e que ainda não foram implementados pelo MEC o Sistema Nacional de Avaliação Básica (Sinaeb) e o Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi), determinações do Plano Nacional da Educação (PNE) 2014-2024. O MEC tem 90 dias para apresentar um plano de ação para sanear os problemas.

Fonte: Correio Brazilense
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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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