Brasil tem saldo positivo de 34.313 empregos formais em janeiro

Foi o segundo melhor saldo do mês janeiro desde 2013. Nos últimos 12 meses, crescimento acumulado chega a 471.741 empregos

O emprego formal no Brasil manteve a tendência de crescimento registrada em 2018 e fechou janeiro de 2019 com saldo positivo de 34.313 postos de trabalho. Foi o segundo melhor saldo do mês janeiro desde 2013.

O Secretário do Trabalho, Bruno Dalcomo, ao comentar o resultado do Caged, destacou o crescimento da geração de postos de trabalho, mas afirmou que o governo espera incrementar ainda mais esse número com a retomada do crescimento da economia “ Foi um saldo positivo, uma boa forma de começar o ano, mas logicamente não é o resultado que nós queremos. A gente espera a retomada do crescimento da economia ao longo do ano e que isso se materialize em mais postos gerados e a diminuição da taxa de desemprego do país”, afirmou.

As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (28) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

O resultado positivo decorreu de 1.325.183 admissões e 1.290.870 desligamentos. Nos últimos 12 meses, houve crescimento de 471.741 empregos, representando variação de +1,24%.

Desempenho setorial – Em termos setoriais, houve crescimento em cinco dos oito setores econômicos. Os dados registram expansão no nível de emprego em Serviços (43.449 postos), Indústria de Transformação (34.929 postos), Construção Civil (14.275), Agropecuária (8.328 postos) e Extrativista Mineral (84 postos). Ocorreu redução no nível de emprego nos setores do Comércio (-65.978 postos), Administração Pública (-686 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (-88).

O setor de Serviços foi o principal destaque na geração de emprego de janeiro. Foram registradas 573.615 admissões e 530.166 desligamentos, resultando em um saldo de 43.449 postos de trabalho, um crescimento de 0,25% sobre o mês anterior. Esse resultado foi impulsionado pelo subsetor do Comércio e Administração de Imóveis, Valores Mobiliários e Serviço Técnico (23.318 empregos), Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários (15.163 empregos) e Ensino (5.152 empregos).

O segundo maior saldo positivo de janeiro foi da Indústria de Transformação. Foram registradas 236.226 admissões e 201.297 desligamentos, ocasionando saldo positivo de 34.929 postos e o crescimento de 0,49% em relação ao mês anterior. Onze dos 12 subsetores apresentaram saldo positivo. Os destaques foram a Indústria Têxtil do Vestuário e Artefatos de Tecidos (9.276 postos, +1,13%), Indústria de Calçados (5.870 postos, +2,13%) e Indústria Mecânica (5.502 postos, +1,03%).

O setor da Construção Civil teve o terceiro maior saldo positivo do mês. Foram registradas 121.822 admissões e 107.547 desligamentos, implicando saldo de 14.275 postos de trabalho, alta de 0,72% em relação ao mês anterior. Os subsetores com melhores índices foram a Construção de Edifícios (5.828 postos), Montagem de Instalações Industriais e de Estruturas Metálicas (3.884 postos) e Obras de Acabamento (1.862 postos).

Desempenho regional – Em janeiro, três regiões apresentaram saldo de emprego positivo – Sul (41.733 postos, +0,59%), Centro-Oeste (22.802 postos, 0,71%) e Sudeste (6.485 postos, +0,03%) – e duas, saldo negativo  Norte (-6.428 postos, -0,36%) e Nordeste (-30.279 postos, 0,48%).

Onze das 27 Unidades Federativas (UFs) fecharam o mês com variação positiva no saldo de emprego. Os maiores resultados ocorreram em Santa Catarina, com 20.157 postos (+1,01%); São Paulo, com 14.638 postos (+0,12%); Rio Grande do Sul, com 12.431 postos (+0,49%); Mato Grosso, com 11.524 postos (+1,68%); Paraná, com 9.145 postos (+0,35%); Mato Grosso do Sul, com 6.094 postos (+1,21%); e Goiás, com 3.777 postos (+0,31%).

Os menores saldos de emprego foram verificados no Rio de Janeiro, com -12.253 postos (-0,37%); Paraíba, com -7.845 postos (-1,94%), Pernambuco, com -7.242 postos (-0,58%); Alagoas, com -5.034 postos (-1,43%); Ceará, com -4.982 empregos (-0,43%); Para, com -2.919 empregos (-0,40%); e Piauí, com -1.905 postos (-0,65%).

Salário – O salário médio de admissão foi de R$ 1.618,96 em janeiro, e o salário médio de desligamento foi de R$ 1.713,93. Em termos reais, considerando a deflação medida pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), houve crescimento de R$ 82,60 (+5,38%) no salário de admissão e queda de R$ 19,81 (-1,14%) no salário de desligamento, em comparação com o mês anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, registrou-se aumento real de R$ 33,27 (+2,10%) para o salário médio de admissão e de R$22,50 (+1,33%) para o salário de desligamento.

Modernização Trabalhista – A distribuição do emprego entre as modalidades criadas a partir da Modernização Trabalhista (Lei 13.467/2017) ficou assim:

Desligamento mediante acordo entre empregador e empregado – Em janeiro de 2019, houve 17.754 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 12.432 estabelecimentosem um universo de 11.376 empresas.

São Paulo registrou a maior quantidade de desligamentos (5.557), seguido por Paraná (1.945), Minas Gerais (1.501), Rio Grande do Sul (1.463), Santa Catarina (1.432) e Rio de Janeiro (-1.282).

O setor que mais realizou desligamentos por acordo foi o de Serviços (9.003 desligamentos), seguido por Comércio (4.353), Indústria de Transformação (2.649), Construção Civil (981), Agropecuária (617), Siup (82), Extrativa Mineral (44) e Administração Pública (25).

As dez principais ocupações envolvidas foram as de vendedor de comércio varejista (920 desligamentos), cozinheiro geral (827), auxiliar de escritório, em Geral (640), faxineiro (633), operador de caixa (509), motorista de caminhão (rotas regionais e internacionais) (489), assistente administrativo (468), alimentador de linha de produção (413), porteiro de edifícios (328) e recepcionista (308).

Trabalho Intermitente – Na modalidade de trabalho intermitente houve 7.768 admissões e 4.416 desligamentos, gerando saldo positivo de 3.352 empregos, envolvendo 1.969 estabelecimentos, em um universo de 1.584 empresas.

As unidades federativas com maior número de contratos nesta modalidade em janeiro foram Paraná (666 postos), Minas Gerais (665), São Paulo (525), Rio de Janeiro (420), Santa Catarina (359) e Espirito Santo (257).

Em relação aos setores, o saldo de emprego dos contratos intermitentes distribuiu-se em Serviços (1.812 postos), Construção Civil (1.016 postos), Indústria de Transformação (765 postos), Agropecuária (74 postos), SIUP (2 postos), Extrativa Mineral (-1 posto), Administração Pública (-8 postos) e Comércio (-308).

As 10 principais ocupações envolvidas foram alimentador de linha de produção (340), montador de máquinas (218), soldador (200), garçom (164), mecânico de manutenção de máquinas, em geral (164), faxineiro (136), servente de obras (134), eletricista de manutenção eletroeletrônica (132), técnico de enfermagem (123) e instalador de tubulações (103).

Trabalho em Regime de Tempo Parcial – O Caged registrou 5.421 admissões em regime de tempo parcial e 5.286 desligamentos em janeiro, gerando um saldo de 135 empregos. O número de estabelecimentos envolvidos foi de 3.170 em um universo de 2.760 empresas.

Entre as unidades federativas, o maior número de contratos neste regime foi registrado no Ceará (146 postos). Em seguida aparecem Amazonas (144), Pernambuco (87), São Paulo (73), Sergipe (63) e Rio Grande do Norte (54).

Nesta modalidade, o setor com maior saldo de emprego foi o de Serviços (277 postos). A distribuição prosseguiu com Administração Pública (12), Indústria de Transformação (10), Siup (6) e Extrativista Mineral (2). Já Agropecuária (-4), Construção Civil (-21) e Comércio (-147) tiveram redução no saldo.

As 10 principais ocupações, de acordo com o saldo de emprego em regime de tempo parcial, foram recepcionista em geral (85), auxiliar de escritório (66), metrologista (47), professor de nível superior do ensino fundamental (primeira à quarta série) (44), operador de caixa (43), professor de ciências exatas e naturais do ensino fundamental (36), operador de telemarketing ativo e receptivo (35), vigilante (32), faxineiro (31) e agente fiscal metrológico (28).

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Alan Ribeiro
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