O que esperar da política e da economia do Brasil, de Goiás e de Ipameri em 2019

Na política e na economia, 2018 girou em torno das eleições — apesar de as propostas econômicas da maioria dos candidatos não terem sido discutidas a fundo. Além disso, o ano passado foi marcado por uma forte polarização — e quem embarcou em um discurso de centro não teve sucesso —, que mexeu com amizades e relações familiares.

Em 2019, o que será diferente? E igual? As respostas só serão conhecidas, de fato, quando o ano acabar.

No Brasil

Presidente eleito, Jair Bolsonaro, participa de solenidade de formatura de Aspirantes da Escola Naval, na Ilha de Villegagnon, Baia da Guanabara.

No período entre as eleições e a posse, o que Jair Bolsonaro (PSL) fez de positivo e negativo e de que formas essas ações podem refletir na maneira como será o seu governo? Para o cientista político Pedro Célio Alves Borges, da Universidade Federal de Goiás (UFG), a “demonização do PT”, que marcou este período, não contribui em nada com o governo.

“Desde os resultados, o presidente eleito vem emitindo sinais do que pretende para o País, desde marcar posições e valores até a linha de mudanças efetivas. Na primeira parte, ele e seus principais auxiliares e filhos mostram dificuldades de entender que a campanha eleitoral já acabou, na medida em que continua exagerando na retórica de demonização do PT e das esquerdas. É uma fixação que não contribui para o seu próprio governo e não permite que seus próprios eleitores visualizem a viabilidade das coisas”, ressalta.

Pedro Célio diz, ainda, que alguns eixos administrativos a serem implantados não estão claros. “A não ser na política externa, área para qual foi traduzida rapidamente uma vertente fundamentalista à moda Donalt Trump, temos visto oscilações entre afirmações genéricas pautadas no roteiro ultra liberal e anúncios de ações isoladas de uma visão estratégica em termos de gestão. A última foi tentar incutir como novidade de cunho social a dessalinização da água no Nordeste, algo em implantação desde 2004.”

No campo econômico, o professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) Valdivino de Oliveira sublinha que as políticas liberais prometidas por Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, animam o mercado e devolvem a confiança aos empresários, o que, segundo ele, proporcionará um crescimento nos investimentos.

“Como professor de macroeconomia, tenho consciência de que a mudança de modelo de um Estado maior para um menor favorece o setor privado e incentiva as empresas a investirem mais. Assim, o Brasil poderá retomar um período de crescimento mais agudo, pois este é um movimento que leva a economia a crescer com mais rapidez. É bom os Estados e para a União, porque gera mais empregos”, afirma o economista.

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De acordo com Pedro Célio, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), tem semelhanças com o presidente Jair Bolsonaro, embora conserve a convivência com os partidos e os políticos. Por isso, diz o cientista político, o democrata tem um pouco mais de solidez e previsibilidade.

Perguntando sobre o que representa a volta de um Caiado ao governo em Goiás, Pedro Célio considera uma “fantasia” imaginar a antiga oligarquia do início do século XX retornando ao pode. “Ronaldo Caiado adquiriu a projeção e o prestígio para sua vitória muito mais pela sua atuação como ruralista ideologicamente estruturado e de especial consistência política nos planos regional e nacional.”

“Se se trata de nova era, com orientação desenvolvimentista e de um padrão diferenciado nas relações a serem imprimidas entre Estado e sociedade, somente saberemos com o tempo. Por enquanto, de certo há somente o viés conservador que sempre marcou as posições do governador e que, na esteira dos governos petistas, se tornou hegemônico nas esferas das relações sociais e da cultura no Brasil”, completa o cientista político.

Na economia, Valdivino de Oliveira adota um tom mais cauteloso em relação ao novo governador. Para ele, ainda não é clara a política a ser adotada pelo democrata nesta área. “Está tudo meio nebuloso”, frisa.

“Convivo muito com empresários e uma coisa já se nota entre eles: desconfiança de que haverá um desestímulo via não concessão de incentivos fiscais tanto comerciais quanto industriais. Empresas podem deixar o Estado. É uma questão de credibilidade e competitividade”, argumenta o economista.

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A Prefeita de Ipameri Daniela Vaz Carneiro enfrentou um ano de 2018 com muitas turbulências, sobretudo devido a queda drástica na arrecadação, o pagamento de precatórios e a falta de repasses do governo do estado para a Saúde e transporte escolar. Mas apesar desses problemas terminou o ano conseguindo quitar com antecedência a folha de pagamentos do mês de dezembro, pagar parte dos fornecedores, inaugurar um moderno Pronto Socorro e ainda recuperar ruas com CBUQ, para o ano de 2019 já iniciou mostrando serviço: irá promover a revitalização da Praça da Liberdade e readequar os comerciantes em locais propícios para eles. A expectativa, como houve uma recuperação e a engrenagem está rodando para frente, é que o ritmo seja retomado, mesmo porque no final do ano conseguiu recursos de mais de 1.200.000,00 reais que serão utilizados na obra de recuperação de ruas (que é um dos grandes problemas que a prefeita tem enfrentado) e 2 caminhões e uma retroescavadeira do Governo de Goiás para a frota da secretaria de infraestrutura.

Como a prefeitura é um grande indutor da economia, quando a administração pública municipal vai bem a cidade caminha com tranquilidade. Além de tudo o comércio tem tido o incremento de novas lojas e o setor do agronegócio vai muito bem, com expectativas de aumento da produção.

Com informações do Jornal Opção / Blog Do Alan

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Alan Ribeiro
Alan Ribeiro

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