Alckmin domina a TV e, Bolsonaro, o WhatsApp

O centrão formalizou, ontem, seu apoio ao PSDB de Geraldo Alckmin na corrida presidencial. DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade se juntam a PPS, PV, PSD e PTB. No total, com os tucanos, as siglas dão ao ex-governador paulista aproximadamente 40% do tempo de propaganda gratuita na TV, ou uns 7 minutos diários. Não há vice, por enquanto. O empresário Josué Castro recusou formalmente o convite.

“Por questões pessoais”, escreveu Josué, “não posso aceitar. Estou convicto, contudo, de que os partidos unidos em favor de um Brasil melhor indicarão candidato a vice capaz de agregar muito mais força eleitoral e conhecimento político do que eu.” Segundo Sonia Racy, primeira a anunciar a desistência, pesou a relação pessoal que seu pai, José Alencar, tinha com Lula. Ele se sentiria desconfortável ao se posicionar a respeito de críticas pesadas ao ex-presidente, que viriam durante a campanha. Alckmin já sabia da notícia desde a noite de quarta, quando Josué ligou para uma conversa. (Estadão)

Há outro fantasma na campanha tucana. O economista Roberto Gianetti da Fonseca, assessor de João Doria na corrida pelo governo paulista, foi alvo, ontem, da Operação Zelotes, da Polícia Federal. Ele, que é conselheiro eventual de Alckmin, é acusado de ter usado sua consultoria para intermediar dinheiro que terminou em suborno para conselheiros do Carf. Gianetti nega, mas se afastou da campanha do ex-prefeito. A Zelotes investiga uma rede de compra de perdão de dívidas na Receita Federal.

Pois é. Jair Bolsonaro, que lidera as pesquisas sem Lula, terá 8 segundos de TV. A alternativa de campanha é o WhatsApp. Só o major Olímpio, um dos principais assessores do candidato, está em 897 grupos distintos no app de mensagens. Aquilo que envia tem o potencial de atingir 220 mil pessoas. Tem, segundo falou à Piauí, 60 mil dos 90 mil PMs paulistas. Seus assessores, assim como Bolsonaro e seus filhos, têm atividade semelhante na rede. Atingem diretamente um milhão de pessoas.

Há uma crise em ebulição se formando no PT. O PSB adiou até 5 de agosto — o último dia possível — a decisão sobre quem apoiará. Para os petistas, segundo o Painel, é indício de que o partido possa se inclinar para Ciro Gomes. E, em se confirmando, pode ir junto o PCdoB, que defende há meses a união da esquerda no entorno de um só candidato. (Folha)


Pablo Ortellado:
 “A ação da plataforma segue o padrão que vem sendo adotado para tratar da desinformação online: em vez, por exemplo, de tentar arbitrar quais páginas produzem informação falsa ou verdadeira, a empresa tem optado por uma abordagem mais formalista, punindo a violação de normas por páginas e perfis maliciosos que tentam ocultar a identidade ou manipular o debate público. Esse parece ser o caso das páginas e perfis do Facebook que foram removidos.” (Folha)Algumas dezenas de manifestantes do Movimento Brasil Livre fizeram, ontem, um protesto em frente à sede brasileira do Facebook, em São Paulo. Transmitindo ao vivo nas diversas plataformas — inclusive o próprio Face —, gritavam “censura não” e “sem fake news, devolve o meu perfil”. Na terça, a rede social removeu 196 páginas e 87 perfis que, segundo sua avaliação, agiam de forma coordenada baseadas em pessoas que não existem.

Pedro Doria: “A missão que cabe ao Facebook é ingrata. Seu sistema já foi usado para manipular o voto. Este é um problema real que tem de ser encarado. E o Facebook está agindo. Mas talvez o problema seja insolúvel. Porque a praça pública não pode ser privada. As regras da praça pública exigem plena transparência. Não pode, nela, haver julgamentos sumários. Não numa democracia. Se um grupo pequeno de empresas — não apenas o Facebook, mas também Twitter e Google — serve de abrigo ou caminho para um bom naco das conversas sobre política temos perante nós um problema novo. É razoável partir do princípio que o Facebook tem as melhores intenções. Não resolve o dilema entre público e privado. Esta semana, uma empresa privada interferiu no debate eleitoral brasileiro. E não temos como saber se ela tem razão.” (Globo ou Estadão)


A Justiça ordenou a prisão
 de mais dois suspeitos de participação no assassinato da vereadora carioca Marielle Franco. O mandado contra William da Silva Sant’Anna e Renato Nascimento dos Santos trata de uma outra morte, ocorrida em 2015. (2015)

Com informações do Canal Meio.CanalMeio

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Alan Ribeiro
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